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Soluções do desejo

maio 12, 2020

Ei! Bons tempos!

Ontem (11/05/2020) foi um dia difícil. Foi mais um dia daqueles em que me sinto muito sozinho e desanimado, depois de voltar da casa dos meus avós em BH, onde eu me aconchegava no “calor do ninho”.
Há oito anos convivo com encontros e despedidas em relação à minha família. Minha realidade típica é estar em casa sozinho com meu cãozinho (que ama brincar, é bastante silencioso, mas não tem muita afeição por tato. Ele não é bravo, mas não é como os outros cãezinhos que tive que gostavam de ficar no colo, pediam cafuné, enfim.), minhas plantas e meus afazeres. Ah! Agora, pra me deixar meus dias diferentes e mais cítricos, o pé de mexerica lá de casa frutificou e os frutos estão maduros, sempre apanho uma tangerina/mexerica/bergamota/mandarina fresquinha pra saborear.
No último domingo, bem no finalzinho da tarde, cheguei em casa e de repente estava sem aquela montoeira de familiares de lá de BH. Ontem “a ficha caiu” e foi um dia em que eu estava bastante desanimado, triste, com bastante dor de cabeça e, ao voltar pra casa depois do trabalho, só queria ficar deitado e ouvindo o barulho ensurdecedor do silêncio da solidão. Olhei para a cozinha e a pia estava lotada de louça suja, que sozinho dei conta de sujar e acumular, o chão estava coberto de ciscos e então parei pra refletir. Do nada surgiu um pensamento em minha mente me dizendo sobre o desejo (vontade/querer/intenção misturado ao ânimo) que, tem 4 pilares, 4 “soluções” (entre aspas porque não era bem essa palavra, mas não consegui pensar em outro termo): Possibilidade (quero ou nem quero e, é possível fazer); Obrigação/Dever (preciso ou devo fazer, tenho que fazer); Momentaneamente Impossível (não é possível agora, ou seja, pode acontecer, mas preciso esperar chegar a hora certa [curto e médio prazo]) e Impossibilidade (pare de pensar nisso ou pare de querer porque não pode ser, não dá, não tem jeito![pode até ser possível em longo prazo, mas como a gente não tem saco pra aguentar esse longo prazo e o longo é subjetivo à cada indivíduo, taxo como impossível]). Às vezes, esse processo, essas quatro partes podem ser frases imperativas ou até interrogativas. No exemplo das minhas condições ontem se resumem assim: Eu não queria estar aqui, queria voltar pra BH e viver com minha família todos os dias, “para sempre, amém!” como era antes, era esse meu desejo e até concluir se seria possível ou impossível, os pilares foram interrogativos até que concluí que era adversativo à ideia de possibilidade, ou seja, seu padrão é a impossibilidade. Ficou confuso, eu sei, mas com calma da pra entender. Daí voltei meus olhos e pensamentos para a situação da minha casa, observei que apesar do desânimo eu devia limpar, seria possível fazer, me levantei, tomei um banho pra dar aquela revigorada, lavei a louça, tirei poeira e aspirei o chão da casa. Ao fim disso tudo me veio uma paz, uma satisfação e dei o primeiro sorriso do dia (que já estava quase acabando), tive vontade de comer (mas resisti bravamente) e adormeci feliz da vida.

Seja feliz agora. Contente-se com o que for possível e “tire o olho da preocupação”, da ansiedade, do que pode roubar seu ânimo, seu prazer, seu vigor, sua força.

Perdão pelo texto imenso pra falar uma coisa tão simples e pequena, mas espero ser relevante pra você que leu até aqui.

Forte abraço!

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