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Viva as diferenças!

maio 18, 2020

A sociedade vive em constante guerra pela razão, pela certeza absoluta e irrefutável. Sempre alguém tem que ter uma verdade pra jogar outra por terra e assim ser aplaudido enquanto quem discorda é calado pelas circunstâncias.

Uma pessoa me disse um dia que o reconhecimento está acima do respeito. Entendi que quando você entende que outro alguém tem escolhas diferentes das suas e que ele vive de um modo diferente do que você pensa que seria o ideal e, mesmo assim, conseguem ter algum relacionamento (amizade, coleguismo e afins) sem que as diferenças atrapalhem ou impossibilitem esse relacionamento, significa que além do respeito, há o reconhecimento da forma de vida desse outro ser humano como válido, então concorda-se que a outra pessoa tem o direito de escolher ser diferente de você.

É óbvio que em algumas situações vão existir verdades absolutas e irrefutáveis (provas, comprovações, explicações científicas), mesmo assim vai existir quem discorda e apresente outras versões, inclusive quem concorda e apresente complementos pra fortalecer essa verdade.

É possível viver e conviver superbem com quem pensa e tem conceitos diferentes dos nossos. É só haver respeito mútuo. É só se lembrar que porque o outro não é como você, isso não faz com que ele se torne inferior. O mundo é tão bonito, a vida é tão simples, mas a gente tem que estragar tudo com nossos preconceitos, pré-conceitos e por achar que existe um padrão absoluto que deve ser adotado como modo correto de vida pra todo mundo. Reconheçamos que cada um adota para si o costume, a vida que melhor lhe apraz e assim cooperemos uns com os outros pra que haja paz, pra que a violência diminua, pra que a desigualdade não exista mais. Pra vida funcionar precisamos uns dos outros.

Respeito e reconheço que ninguém é obrigado a gostar da mesma comida, roupa, cores, programas de TV que eu gosto. Ninguém é obrigado a aceitar a minha religião como verdadeira, mas devem respeitar o meu culto, meus rituais e também preciso entender que há momento e lugar certo pra fazer isso. Ninguém é obrigado a concordar com minha opinião, mas preciso aprender a expô-la quando for solicitada. Se você não concorda com alguém, se alguém não concorda com você, tá tudo bem, dá pra viver e conviver assim é só não fazer o que o outro faz (aquilo que você discorda e crê que não te faz bem), nem obriga-lo a fazer o que você faz (porque acha que está certo e te faz bem) e entender que há tempo e espaço certo pra tudo. Se não consegue conviver com alguém porque discorda das opiniões e do modo de viver dele, afaste-se então, mas não impeça que ele viva. Todos temos direitos e também temos deveres. Nós, assim como os outros, temos o direito de ser respeitados e reconhecidos.

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